Delfina Rocha

Dez Noventa

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Delfina Rocha

Meu processo criativo vem sendo atravessado pela necessidade de descondicionar o olhar de vivências anteriores, para refletir sobre dores e angústias. O foco das minhas pesquisas é o tempo e o espaço, vinculado ao meu universo particular, onde o tempo é abordado de forma não mais linear e os espaços tornam-se territórios de conflito, impermanência e ausência. Deslocando-se por dentro dessas questões, recolho fragmentos de lembranças e esquecimentos na construção de minha poética artística

Delfina Rocha – Dez Noventa (2021) – Photo 9
Delfina Rocha – Dez Noventa (2021) – Photo 9

Bio

Fotógrafa autodidata, teve o seu primeiro contato com a prática da fotografia quando montou um laboratório para revelar e copiar filmes em preto e branco, no início da década de 1980.

Entre 1982 a 1986 foi assistente do renomado fotógrafo Chico Albuquerque, o que possibilitou sua introdução nesta área, de forma mais profissional. Transferiu-se para o sudeste em 1987, onde trabalhou como fotógrafa de publicidade e de cena para cinema no Rio de Janeiro e em São Paulo até 1993. De volta à Fortaleza em 1995, abriu seu estúdio para atender ao mercado publicitário e aos editoriais de moda.

Após 30 anos dedicados à fotografia comercial, em 2015, retomou os estudos e a prática da fotografia autoral, participando de diversas formações e grupos de estudos sobre a imagem contemporânea. No ano de 2019, passa a integrar o coletivo “Sol para Mulheres” e ao grupo de estudos” Imagem é Pensamento”. Publicou livro, recebeu prêmios e participa de exposições.

Delfina Rocha

Il mio processo creativo è stato attraversato dalla necessità di decondizionare il mio sguardo dalle esperienze precedenti per riflettere sul dolore e sull’angoscia. Al centro della mia ricerca ci sono il tempo e lo spazio, legati al mio particolare universo, dove il tempo viene affrontato in modo non più lineare e gli spazi diventano territori di conflitto, impermanenza e assenza. Muovendomi attraverso questi temi, raccolgo frammenti di ricordi e dimenticanze nella costruzione della mia poetica artistica.

Delfina Rocha – Dez Noventa (2021) – Photo 1
Delfina Rocha – Dez Noventa (2021) – Photo 1

Biografia

Fotografa autodidatta, ha avuto il suo primo contatto con la pratica della fotografia quando, all’inizio degli anni Ottanta, ha creato un laboratorio per sviluppare e copiare pellicole in bianco e nero.

Tra il 1982 e il 1986 ha lavorato come assistente del famoso fotografo Chico Albuquerque, che le ha permesso di entrare nel settore in modo più professionale. Nel 1987 si trasferisce nel sud-est, dove lavora come fotografa pubblicitaria e cinematografica a Rio de Janeiro e São Paulo fino al 1993. Tornata a Fortaleza nel 1995, apre il suo studio per servire il mercato pubblicitario e gli editoriali di moda.

Dopo 30 anni dedicati alla fotografia commerciale, nel 2015 ha ripreso gli studi e la pratica della fotografia d’autore, partecipando a diversi corsi di formazione e gruppi di studio sull’immagine contemporanea. Nel 2019 è entrata a far parte del collettivo “Sol para Mulheres” e del gruppo di studio “Imagem é Pensamento”. Ha pubblicato un libro, ricevuto premi e partecipato a mostre.


Dez Noventa (2021).

Meu processo criativo vem sendo atravessado pela necessidade de descondicionar o olhar de vivências anteriores, para refletir sobre dores e angústias. O foco das minhas pesquisas é o tempo e o espaço, vinculado ao meu universo particular, onde o tempo é abordado de forma não mais linear e os espaços tornam-se territórios de conflito, impermanência e ausência. Deslocando-se por dentro dessas questões, recolho fragmentos de lembranças e esquecimentos na construção de minha poética artística. Durante muito tempo, era recorrente sonhar com a casa da minha infância e adolescência. Estranhamente, depois de 38 anos de ser vendida, o ocaso me levou de volta à ela. Agora, encontrava-se desocupada e vazia. Retornar ao espaço-casa e reencontrá-la com os ambientes surpreendentemente preservados, com os mesmos papéis de parede, o mesmo carpete, as mesmas cores, as marcas do tempo tão impregnadas de vestígios, foi uma experiência única. A partir das fotos realizadas em visitas recentes, associadas às imagens de 1972, muitas das quais feitas por mim e que estavam no álbum de família, construí dípticos e criei uma narrativa subjetivada, recuperando uma memória afetiva, dos meus primeiros espaços de “abrigo”, “refúgio” e “sonho”. Nessa série, o presente e o passado se confundem, condensando o espaço e o tempo. As imagens editadas passeiam agora publicamente, expondo a cartografia da minha intimide.

Delfina Rocha

Dez Noventa (2021). Ita

I dittici che compongono il progetto fotografico Dez Noventa di Delfina Rocha sono una rivisitazione iconografica e simbolica della casa in cui l’autrice ha trascorso l’infanzia e l’adolescenza, venduta dalla famiglia negli anni Ottanta. La parte sinistra di ogni dittico mostra la vecchia residenza vuota ritratta di recente, perfettamente conservata nel tempo con i suoi segni, alcune tracce di arredi, le atmosfere, i colori. La parte destra, invece, è occupata da fotografie scattate nel 1972, che l’autrice ha recuperato dall’album di famiglia. Attraverso un’adeguata associazione compositiva, dunque, il presente viene letto con la lente fotografica del passato fino a farci percepire una mescolanza e un addensamento spazio-temporale, ma anche il distacco da cose, circostanze o persone, che ineluttabilmente ogni atto mnemonico mette in luce. La narrazione di Delfina è evidentemente l’espressione di un processo creativo connesso alla propria sfera intima, di ricerca e proiezione della memoria affettiva, quell’universo segreto dove abitano, scambiandosi le parti, ricordi e amnesie, sogni e sensi di vuoto. La casa, così, diventa il rifugio, l’involucro e il teatro dei pensieri. La fotografia le permette di animarsi quale immagine depositaria di esperienze, significati e vissuti irripetibili dove abitare significa innanzitutto abitarsi, estendere la propria espressione di sé, narrare la propria storia tra le fila di un dialogo che tesse ritratti di ieri e scatti di oggi.  

Fabiola Di Maggio         



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